O caráter inovador da proposta e da edição 2019.1, inclusive como foi viabilizada anteriormente, é o aprofundamento das relações e apoio na comunidade. A ACCS tem suscitado problematização como a reflexão como e em que medida atividade de extensão pode romper com a construção dogmática hegemônica nos cursos jurídicos, baseada no “direito dos códigos” ao invés do “direito concreto, das ruas, da sociedade, dos grupos vulneráveis”. A ACCS “História do Direito, Direito Ambiental e Povos e Comunidades Tradicionais” objetiva a implementação do ensino, da pesquisa e extensão, por meio da análise teórica e prática dos conflitos jurídicos que envolvem os povos e comunidades tradicionais e o consequente mapeamento dos danos gerados a estas comunidades, com diálogos com a história do direito, direito ambiental, geografia, sociologia e antropologia. Trata-se de um momento de interação da universidade com a comunidade, interação esta que deveria ser constante. Além disso, é espaço de vinda da comunidade à universidade para ocupar seu local de fala e participar de debates com os discentes. De acordo com as temáticas trabalhadas, lideranças comunitárias e representantes de seu povo ou comunidades são convidados a participarem em sala de aula da construção mútua de saberes. Nesta edição o debate acerca da efetivação dos direitos humanos no contexto de povos e comunidades tradicionais torna-se especialmente relevante e fomenta a discussão crítica do atual cenário de mudanças políticas e de 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, diante dos 130 anos do Ato de Abolição da Escravatura, os 30 anos da Promulgação da Constituição Federal de 1988 celebrados em 2018.