Em face do Decreto Municipal 26.804/15, que regulariza a localização e o funcionamento do comércio informal da venda de acarajé, a proposta tem como objetivo sensibilizar baianas/baianos de acarajé de Salvador, filiados à ABAM- Associação Nacional das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivos e Similares do Estado da Bahia, sobre os sérios problemas ambientais causados pelo descarte indevido do azeite de dendê usado. Ao mesmo tempo, serão feitas proposições para que as baianas/baianos de acarajé possam adequar-se a esse Decreto em relação à gestão e gerenciamento do azeite da fritura do acarajé, com estímulo ao aproveitamento e reciclagem desse material para a produção de sabão artesanal. A crescente consciência ambiental por parte da população tem feito crescer a procura por produtos de origem responsável e cunho social. Assim, esse sabão produzido a partir de azeite de dendê frito pode-se tornar um típico souvenir baiano, representando assim uma renda extra para as baianas de acarajé, com o reconhecimento do resíduo como bem econômico e de valor social. Desse modo, a proposta se insere amplamente no contexto da Economia Circular, na medida em que também preconiza que os produtos e serviços no final de vida útil se convertam em outras formas com menor impacto ambiental. Ao mesmo tempo também se coaduna com os propósitos do Programa Salvador 360, lançado pela Prefeitura Municipal de Salvador, em especial nos eixos ?Salvador 360 Cidade Sustentável?, ?Salvador 360 Inclusão Econômica?, que contemplam respectivamente ações e estratégia de sustentabilidade e potencialização da economia informal.