Como o espectador brasileiro, que vive em condições subalternizadas, dificilmente tem acesso ao espetáculo ao vivo, em geral acessível apenas a plateias letradas pertencentes à classe dominante, a pesquisa parte do princípio que as adaptações fílmicas possibilitam que plateias menos privilegiadas entrem em contato com interpretações do cânone artístico recriadas para espaços mais acessíveis - a sala de um centro comunitário, através do DVD, da Internet e da televisão. Na acessibilidade à arte possibilitada pelas ressignificações construídas pelas traduções intersemióticas reside a relevância do projeto de extensão proposto. Assim, caberá à monitora, sob a minha orientação, prover tal acessibilidade, exibindo filmes/adaptações de peças shakespearianas e conduzindo as discussões que possibilitem, posteriormente, a fruição de filmes adaptados o mais próximo possível do texto dramático escrito.