As redes sociais são parte integrante do nosso tempo, um espaço virtual de interação social em que, não só os jovens, mas as pessoas em geral interagem leem, se comunicam. O Facebook, a rede social mais popular do planeta, tornou-se uma mídia social tão influente no cotidiano das pessoas que praticamente não existe indivíduo que, de alguma forma, não seja influenciado por ela. As pessoas hoje se comunicam, interagem, se expressam e se fazem ver e ouvir em seus perfis, formando uma rede de permuta, onde influenciadores digitais estão o tempo todo criando, divulgando ideologias, exercitando a cidadania, expressando sua arte. O Facebook hoje é uma vitrine e um mercado em que circulam, entre outras coisas, informação. A escola, como instituição social que é, pela clientela que recebe, não poderia deixar de ter sua rotina modificada pela existência das redes sociais. Em tempos de Era Digital e de Nativos Digitais, como deixar de fora do cotidiano escolar pensar a rede social como mais uma forma importante de comunicação, um veículo que envolve em seu cerne tantos elementos linguísticos, depositórios textuais, um espaço onde o jovem exercita seu poder de comunicação, expressa seus anseios e sentimentos. A escola no século XXI tem que repensar suas práticas a partir de sua clientela. Inicialmente viu nas redes sociais apenas uma vitrine, mas essa é uma maneira muito simplista de encarar e explorar o que representa hoje na rotina dos Nativos Digitais as redes sociais, em especial o Facebook. Em suas páginas multiplicam-se formas de leitura e conteúdos diversos, nos posts dos perfis e nos feeds de notícias são exercitadas espontaneamente modalidade de leitura complexas, nelas o jovem se expressa, dialoga, escreve, diferente do que os mais ortodoxos apregoam, tanto ou mais que as gerações anteriores. A escola não pode fugir disso. Ela tem que apoderar-se dessa ferramenta, explorar esse ambiente de produção, investigar como o jovem se comporta, como interage, como explora a leitura e exercita a escrita crítica. Um post no Facebook, articulado a um objetivo claro, pode gerar uma profícua discussão quando o aluno clica em responder, um exercício crítico perfeito para os objetivos de leitura e escrita que devem nortear uma aula de língua.