Sylvio de Vasconcellos é o mais conhecido crítico da arquitetura colonial mineira. Tendo a produção como historiador da arquitetura locada de meados do século XX, até finais da década de 1970, o conjunto das suas investigações acabaria extrapolando, em alguns aspectos, as pesquisas anteriormente empreendidas. Não obstante, a obra do arquiteto mineiro está recheada de um dogmatismo modernista comum aos estudos de Lucio Costa (uma das grandes referências para o seu discurso teórico). Contudo, a crítica do autor à arquitetura colonial brasileira (e especialmente aquela de Minas Gerais no século XVIII) alcançaria um inédito patamar de síntese, onde seria incentivada a aliança entre a cultura colonial aurífera, em sua interface com a arquitetura e a cidade da região mineradora. Esse esforço se dirigiu, entre outros aspectos, à discussão massiva do fenômeno do "Barroco Mineiro" "que seria caracterizado como um episódio isolado e especial no seio da arte colonial brasileira. Por isso, o objetivo principal do autor foi o de deflagrar as peculiaridades da arquitetura que se fez na região do ciclo do ouro, pontuando as suas relações com o homem mineiro" com a cultura da "mineiridade".