Práticas socioecológicas comunitárias e apropriações territoriais

Modalidade: 
Programa Institucional de Iniciação Científica (PIBIC)
Orientador(a): 
Heliana Faria Mettig Rocha
Resumo: 

Esta proposta é uma continuidade da pesquisa de doutorado intitulada O Lugar das Práticas Comunitárias Emergentes: caminhos de coexistência socioecológica em projetos urbanos, em que foram investigadas práticas comunitárias de autogestão que tendiam a aproximar questões sociais e ambientais na apropriação de territórios, transformando áreas de moradias em lugares com ambiência coletiva, preservação da natureza e dos valores da comunidade. A partir de uma metodologia fundamentada em abordagens da sociologia, da ecologia, da filosofia e do urbanismo, foram analisadas as práticas mais transformadoras que convergiam os eixos norteadores natureza-comunidade-urbanismo, na forma de Ecovilas, Ecobairros e Iniciativas Urbanas emergentes. O projeto de pesquisa, ora proposto, amplia o escopo de investigação das práticas comunitárias emergentes, visando analisar aquelas que confluem para consolidar a conquista dos territórios ocupados, por meio de seus referidos conteúdos socioecológicos. Dentre estas, os territórios quilombolas, reservas indígenas e comunidades que têm em comum a preservação de áreas verdes, bem como hábitos cotidianos ecológicos, absorvidos como valores no uso e apropriação do território. A pesquisa visa, portanto, mapear essas apropriações autogestionárias, no intuito de identificar as práticas, comunidades e territórios, com enfoque nas técnicas e metodologias participativas encontradas e desenvolvidas para consolidação e conservação dos territórios ocupados, no sentido da sua permanência. Como metodologia, prevê-se o levantamento, classificação e sistematização de dados, modelagem de SIG, mapeamento e análise quali-quantitativa, podendo desdobrar-se, futuramente, em análises espaciais mais complexas. O alcance da pesquisa, por sua vez, subsidia o reconhecimento de potencialidades individuais e coletivas que conduzem a transformações socioespaciais nesses territórios. A via propositiva das práticas locais e da Arquitetura-Urbanismo, juntas, possibilitam a integração da ampla problemática urbano-ambiental da atualidade.

Número de Bolsistas: 
1