Pesquisar os casos recentes de Intolerância Religiosa, no que diz respeito a dimensão arquitetônica e urbanística, em Salvador e região metropolitana. Assim, o trabalho tem como investigação duas dimensões complementares do espaço construído: a) Investiga a natureza das ações de depredação patrimonial da arquitetura de terreiros como expressão da intolerância religiosa. b) Pesquisa as intervenções no âmbito do urbano que inviabilizam as práticas de religiões de matrizes africanas: uso da máquina publica para inviabilizar o funcionamento dos terreiros e manifestações publicas contrárias ou que atrapalham o funcionamento desses terreiros. Importa esclarecer que tomamos como corte temporal a publicação do Estatuto da Igualdade racial em 2010. Estima-se que desde 2013, ano de criação do Centro de Referência á Intolerância Religiosa Nelson Mandela, ligado à SEPROMI, e meados de 2018, foram registrados 135 casos de intolerância religiosa. Expressa na forma de vandalismo, significando dano ao patrimônio arquitetônico 16 ataques a terreiros foram registrados nesse mesmo período. Isso ilustra o crescente da intolerância religiosa, ora em marcha. Apedrejamento, pichações, demolição, entre outros, são meios usados para danificar esses lugares sagrados. Considerando que os estudos existentes originam-se em sua maioria, dos campos disciplinares de direito, antropologia, ciência politica, esse estudo avança no levantamento, analise dos modos de agir usados como expressão da intolerância religiosa, no âmbito dos campos disciplinares arquitetura e do urbanismo.
Nome:
Any Brito Leal Ivo
Cargo:
Docente