A violência contra a mulher existe em diversas formas e atinge diferentes classes sociais, credos e grupos econômicos.¹ Dentre as diferentes formas de violência tem-se a psicológica, a moral, a patrimonial, a sexual e a física, estas últimas podem ter como expressão máxima o feminicídio. Nem todas as formas de violência deixam marcas visíveis e muitas vezes os profissionais de saúde e as vítimas não conseguem reconhecer as falas e sinais de violência e isso afeta de forma direta a saúde e o bem-estar individual das mulheres.³ A violência psicológica é uma destas formas e se caracteriza como toda ação ou omissão que causa ou visa causar dano à vítima, incluindo todas as condutas que tenham como propósito ofender, controlar e bloquear a sua autonomia, o seu comportamento, as suas crenças e decisões. Pensando que a violência não deve ser hierarquizada, e sim combatida em todas as esferas, este estudo tem como objetivo investigar em que medida as mulheres identificam a violência psicológica sofrida por elas e como isso afeta a sua saúde. As redes de enfrentamento da violência contra as mulheres disponibilizam instrumentos que auxiliam profissionais e mulheres a reconhecerem as violências a que as mulheres estão expostas cotidianamente. Estes instrumentos, conhecidos como violentômetros, são escalas que dispõem diferentes situações de violência em ordem crescente de gravidade, desde as mais sutis, como o ciúme excessivo, até as formas extremas como a violência sexual e feminicídio. Usaremos os estratos de violência psicológica destas escalas para criar o instrumento deste projeto. O estudo será realizado através da aplicação de questionário com elenco de situações cotidianas de opressão à mulher, utilizando uma escala de Likert, além de dados sociodemográficos e sobre autopercepção de saúde. A população-alvo será formada por mulheres atendidas numa Unidade de Saúde ambulatorial na cidade de Salvador-Bahia.
Nome:
Rafaela Cordeiro Freire
Cargo:
Docente