Nesta dissertação analiso a forma como alguns grupos se estabeleceram nas “cabeceiras” ou nas terras mais altas do entorno da Baía do Iguape (Cachoeira, BA), onde se concentram os limites de quatro fazendas fundadas no período colonial como propriedades produtoras de açúcar. Para dialogar com este caso empírico recorri aos conceitos de territorialidade e processo de territorialização. Meu objetivo foi descrever e analisar os processos de territorialização configurado a partir de quatro processos específicos de ocupação que se entrelaçam contemporaneamente através das tramas de suas relações de parentesco, regimes de organização territorial, coparticipação de valores, práticas culturais e nas redes de solidariedade e reciprocidade, formando uma unidade social mais ampla, onde entre os anos de 2006 e 2013 emergiram etnicamente três comunidades quilombolas.