Esta obra analisa como o tema da crítica da cultura estrutura-se no pensamento de Richard Rorty. O livro também pode ser lido como uma introdução ao pensamento rortyano a partir do escrutínio de sua proposta metafilosófica, pois é justamente sua investigação sobre a natureza dos problemas filosóficos que o conduz ao entendimento da filosofia como um tipo de política cultural. A tese defendida pelo autor é a de que a filosofia de Rorty desenvolveu-se pela via oposta ao pensamento de Kant. Ou seja, em vez de separar o juízo estético da razão prática e da razão pura, Rorty busca fazer o inverso e mostrar como arte, moral e teoria estão entrelaçadas. Por isso mesmo, a proposta rortyana deveria ser entendida, antes de tudo, como uma tentativa de conciliação entre as esferas da cultura através das quais os indivíduos reflexivos tentam dar sentido às suas vidas.