Classe, racismo e sindicalismo - as novas centrais sindicais e o racismo no Brasil

Esta pesquisa pretende investigar as formas de luta e as concepções das novas centrais sindicais sobre o racismo no Brasil. As entidades a serem pesquisadas são: Coordenação Nacional de Lutas (CONLUTAS), Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Brasileiros (CTB), Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST) e União Geral dos Trabalhadores (UGT). Essas novas centrais surgiram, em sua maioria, de rupturas políticas e ideológicas com as duas principais centrais sindicais brasileiras: a Central Única dos Trabalhadores e Força Sindical. A investigação terá como fio condutor uma abordagem crítica dos conceitos de classe social e reconhecimento, cuja finalidade é verificar como as lutas por reconhecimento estão articuladas às lutas de classes. Deste modo, a pesquisa pretende evidenciar através de sistemática análise documental (teses e resoluções de congressos, plenárias, documentos conjuntos, livros, jornais e revistas, etc), entrevistas com lideranças e ativistas sindicais e observação participante como a luta econômica, política e cultural podem se articular no interior do sindicalismo brasileiro para sublinhar como os ativistas sindicais pensam o racismo, o preconceito e a discriminação, especialmente contra o negro. Objetiva-se demonstrar o lugar ocupado pela problemática racial e a luta antirracista nessas entidades, bem como evidenciar as práticas levadas a cabo pelas lideranças sindicais para enfrentar o reconhecimento denegado expresso pelo racismo, preconceito e discriminação raciais.

Área Temática: 
Trabalho
Orientador(a) do Projeto: 
Nome: 
Jair Batista da Silva
Cargo: 
Docente