Educação Digital e Identidade Racial

O acesso às tecnologias deve ser visto como instrumento para a transformação social, melhoria na distribuição de renda e construção e exercício pleno da cidadania, conforme previsto no Marco Civil da Internet (Lei nº 12.965/2014), ao estabelecer o direito de acesso à Internet a todos, mas também por ressaltar sua essencialidade ao cidadão ético, crítico e responsável. Em levantamento realizado pela primeira vez em 2001 na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, percebeu-se grande diferença no acesso às tecnologias digitais entre populações negras e brancas (MARTINS, 2004). Tais diferenças são preocupantes, pois a exclusão digital torna no novo milênio poderoso mecanismo de geração de novas exclusões sociais e ampliação da diferenças raciais. O presente projeto de extensão tem por objetivo o estudo, desenvolvimento e a compartilhamento de conhecimentos técnicos e científicos a crianças, jovens e professores em comunidades periféricas da cidade, particularmente as comunidades de Pau da Lima e do Engenho Velho de Brotas através de ações no Complexo Vida Plena e na Escola Winnie Mandela, respectivamente. Dessa forma, esperamos que esses sujeitos  possam, a partir de tecnologias baseadas em soluções de software e hardware livres, fortalecer a identidade racial, disseminar a história dos descendentes de africanos e produção cultural da população negra, compreendendo os instrumentos de poder e construindo novos olhares. Pretende-se ainda apoiar por meio das tecnologias da informação e comunicação propostas de ensino que fomentam a transformação social, tais como a etnomatemática, ciências, arte e arquitetura africana. 

Área Temática: 
Ações Afirmativas, Direitos Humanos e Justiça
Orientador do Projeto: 
Nome: 
Marlo Vieira dos Santos E Souza
Cargo: 
Docente
Modalidade: 
Atividade de Extensão