Segurança/insegurança pública e privada. A proliferação de dispositivos de fechamento na arquitetura e no desenho urbano. Nas sociedades contemporâneas, a violência e a insegurança diárias são questões que preocupam os cidadãos. Arquitetura e urbanismo são usados para construir e desenvolver espaços seguros e fechados, sejam residenciais, comerciais e locais de trabalho ou espaços públicos. É uma questão de remover os indesejados, estabelecer a separação social e também distinguir-se na escala social. Revoltas sociais e políticas, guerras civis, terrorismo e imigração (especialmente do sul do Saara à Europa) também mudaram a relação do Estado e dos cidadãos com o território. A proliferação de dispositivos de segurança, paredes e técnicas de vigilância está fazendo uma diferença duradoura no planejamento e na arquitetura das cidades. O curso tem como objetivo analisar tanto as formas arquitetônicas e urbanas quanto o discurso dos atores. De fato, a insegurança é um fenômeno que tem múltiplas implicações políticas e sociais que determinam a condição contemporânea. O curso será baseado em conceitos teóricos e estudos de caso na França, nos Estados Unidos e na América Latina. A circulação de modelos arquitetônicos e urbanos, bem como imagens da imprensa ou das artes visuais, serão analisados. Os estudantes também serão convidados a observar situações de desenvolvimento defensivo em Salvador. Conteúdo: 1- introdução: tempos e espaços inseguros. 2- o espaço defensável: uma nova ordem espacial? 3- Os enclaves residenciais e condomínios fechados: um modo de vida global? 4- Repelir os indesejados. 5- Polícias públicas e privadas. 6- O terrorismo e a guerra civil: a cidade-barricada. 7- A proliferação de barreiras e muros nas fronteiras nacionais. 8- Tecnologias de vigilância. 9- Conclusão.