A Cultura do Patrimônio Cultural da Bahia: 1835 a 1960

Modalidade: 
Programa Institucional de Iniciação Científica (PIBIC)
Orientador(a): 
Suely Moraes Ceravolo
Resumo: 

Em 2005 iniciei pesquisa sobre manifestações museológicas na Bahia com o Museu do Estado da Bahia (1918-1959). Desse ponto em diante, abriram-se uma série de questões levando-nos a investigar os antecedentes, pois como afirma Roger Chartier (1991), as ideias não estão desencarnadas. Ao contrário, são transmitidas ou retransmitidas através de agentes e agências institucionalizadas (ou não) e publicações. Como em pesquisa um ponto leva a outro, o objetivo da rota investigativa foi averiguar matrizes intelectuais de inspiração ou práticas, os sujeitos (atuação e participação), os meios e recursos para a disseminação que acionaram a reprodução e enraizamento dessas mesmas manifestações. Por manifestações museológicas entende-se o selecionar, guardar e expor conjuntos de espécimes, amostras ou objetos que, por escolhas de cunho também ideológico, se estabeleceram para representar a Bahia em ângulos diversos, ora através da História, ora do vínculo com o desenvolvimento da Ciência, da Arte e Arquitetura e assim por diante, muito de acordo com ideais de época. Nesse fluxo, ao mesmo tempo de continuidades e descontinuidades, de modo direto ou indiretamente formou-se a herança cultural, o patrimônio local e regional, para dar sentido à identificação singular. Com isso em mente e com base em produção publicada graças a etapas pretéritas, pretende-se complementar a busca de fontes documentais inéditas ou não exploradas sob o ponto de vista propriamente museológico, de tal modo que se possa agora indagar os pressupostos que perpassam a noção de patrimônio alterada progressivamente, respondendo à ideologias determinadas que incorporaram o alinhamento ou confronto entre o regional versus nacional. Se houve rupturas e mudanças, pergunta-se: quais foram?

Número de Bolsistas: 
1