A China vem realizando um espetacular crescimento econômico. Já é a segunda economia mundial e vem assumindo uma posição de desafiante da principal potência mundial que são os EUA. Hoje, a China é também o principal parceiro comercial bilateral do Brasil. Em 2017, o aumento do superávit comercial do Brasil com a China chegou a US$ 22,30. No mesmo ano, a China liderou o ranking de aquisições no Brasil, chegando a US$ 8,8 bilhões. Na Bahia, o fenômeno é semelhante. Em 2018 a China se consolidou como principal parceiro comercial da Bahia, sendo responsável por 32,8% das exportações baianas. Existem também vários projetos de investimentos e financiamentos em andamento no estado, incluindo quatro das cinco principais obras de infraestrutura, crescente presença de imigrantes chineses e intercâmbios culturais e científicos. Tudo isso justifica nossa pesquisa, tanto academicamente como econômica e politicamente. Assim, nosso objetivo geral é estudar a presença econômica, política, diplomática, científica e cultural da China na Bahia nos últimos 20 anos. Os objetivos específicos são: 1- Identificar as relações comerciais entre a China e a Bahia, assim como os investimentos diretos de capitais e financiamentos de bancos chineses no estado. 2- Investigar a imigração de chineses para a Bahia e que tipo de atividades os chineses realizam em nosso estado. 3- Estudar a presença de turistas chineses no estado. 4- Estudar a presença política, diplomática, cultural e esportiva, assim como a cooperação científica e tecnológica. 5- Analisar se esse processo contribui para um desenvolvimento sustentável da economia baiana ou se reforçam os elementos de nossa dependência econômica. 6- Analisar se a nova política econômica e de relações internacionais do governo federal terão impactos nas relações entre a China e a Bahia. Trabalharemos principalmente com a teoria do imperialismo e a Teoria Marxista da Dependência e faremos uma pesquisa empírica.