O atual projeto é um desdobramento do projeto anterior "A alimentação no mundo Romano." Os resultados da última pesquisa, mostraram, que dentre tantos, um alimento em especial era muito destacado no mundo romano: o vinho. Ao nos aprofundarmos em sua história percebemos que esta foi, e ainda é, uma bebida emblemática para vários povos e portanto, merece destaque. O objetivo deste trabalho é buscar compreender como o vinho acompanhou o desenvolvimento das entituladas "primeiras civilizações". As formas como foi produzido, seu comércio, seu consume, com seus valores nutricionais, medicinais de stuatus sociais de gênero e religiosos. O vinho acompanha a história do homem desde muito cedo: já na pré-história encontramos indícios de seu consumo. O indício de produção de vinho com domesticação da uva mais antigo que temos data de cerca de 8.000 anos, tratam-se de vasos cerâmicos descobertos 2017 em Gadachrili Gora e Shulaveris Gora na Georgia. Ainda na época neolítica temos os jarros de barro de Godin Tepe, no Irã (McGovern, 2006), com cerca de 7000anos. O vinho acompanhou também o desenvolvimento das primeiras civilizações: a arqueologia e alguns textos antigos apontam para seu consumo entre as elites e em rituais religiosos na Mesopotâmia (Stronach,1996; Powel,1996) e no Egito (Badler, 2008). Para o povo de Israel o vinho é tão importante que Deus condena a abstinencia de vinho. Na Fenícia, apesar de seu caráter também religioso em determinadas circunstâncias, tratava-se de uma bebida popular e muito consumida, tendo sido os fenícios grandes comerciantes dela. Mas é sem dúvida na antiguidade Clássica que se dá a grande expansão e concretização do consumo e da produção do vinho. Nesse sentido, devemos aos gregos atuação importante no comércio e na difusão de uma mitologia ligada ao vinho (Detienne,1988), contudo papel ímpar deve ser reservado aos Romanos.