Os direitos reprodutivos, enquanto conquista feminista, concede à mulher autonomia reprodutiva ao possibilitar liberdade de decisões, entretanto, questões socioeconômicas e culturais, imbricadas nas relações desiguais de gênero, influenciam as ações e repercute na saúde e qualidade de vida das mulheres. Este trabalho pretende analisar as implicações que a autonomia reprodutiva tem sobre a saúde de mulheres trabalhadoras rurais e urbanas . Trata-se de uma pesquisa de campo, de natureza qualitativa e quantitativa, o campo para a coleta de dados compreenderá as comunidades rurais dos municípios de Palmas de Monte Alto, Vitória de Conquista, Maragogipe e municípios contemplados pelo Programa Chapéu de Palha Mulher na região do Vale do São Francisco. Poderão participar do estudo todas as mulheres em idade reprodutiva, maiores de idade (18 a 49 anos), que autorizarem a coleta, mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Para coleta de dados será utilizada uma escala validada desenvolvida para medir a autonomia reprodutiva de mulheres, "Reproductive Autonomy Scale". Com a finalidade de obter informações socioeconômicas e relacionadas à saúde das participantes será utilizado o questionário semiestruturado da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) adaptado. Além disso, serão realizados grupos focais programados a partir dos resultados obtidos na primeira fase da coleta de dados para aprofundamento na identificação da autonomia reprodutiva. Os aspectos éticos dispostos nas Resoluções 466/2012 e 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde que normatiza pesquisas que envolvem seres humanos no Brasil serão respeitados.