Avaliação do potencial de produção do cacau fino no sul da Bahia: uma contribuição para o estabelecimento de parâmetros de classificação

Ano de Início: 
2016
Resumo: 

O Mercado mundial classifica o cacau comercializado em duas categorias básicas: o do tipo "bulk" (o que poderia ser interpretado como um cacau "comum" e/ou "ordinário") utilizado pelas indústrias produtoras de chocolate, e o do tipo fino, "fine" ou "flavor" (o que poderia interpretado como um Cacau "aromático" e/ou "superior"), utilizado artesanalmente para a produção dos chocolates denominados de "gourmet". As indústrias consideram o cacau brasileiro como cacau "bulk", produzido a partir da variedade Forastero, sem aromas especiais e, portanto, inaptas para produção de cacau fino. Entretanto, a caracterização do cacau brasileiro somente como Forastero é um equívoco, visto que não corresponde à realidade, pois atualmente as plantações de cacau na Bahia sofreram uma grande modificação na sua composição genética, passando a ter em torno de 30% da plantação com a variedade Trinitário, considerada apta para produção de cacau fino. Neste contexto, abre-se a perspectiva da avaliação do potencial existente no sul da Bahia para a produção do cacau fino, além de poder contribuir para o estabelecimento de padrões técnicos que possibilitem a classificação desse cacau, diferenciando-o do tipo "Bulk", através da caracterização dos parâmetros físicos, químicos e sensoriais do cacau produzido nessa região. Dada a insuficiência de estudos no Brasil, principalmente na região sul da Bahia sobre a temática do cacau fino e/ou especial e estratégias de intervenção, considera-se a natureza ímpar da pesquisa. Nesse sentido, torna-se possível gerar informações que contribuam para nortear o desenvolvimento de trabalhos dentro deste campo, assim como auxiliar na produção de matéria-prima de qualidade para a produção de chocolates "gourmet", pela produção de informações consistentes a partir de pesquisa que integre a ciência e a tecnologia de alimentos, trazendo para a região desenvolvimento e inclusão social.

Unidade de vínculo do(a) Coordenador(a)/Pesquisa: 
Coordenador(a): 
Sergio Eduardo Soares
Quantidade de Integrantes: 
8
Instituições Financiadoras: 
CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico