A cartografia tem sido historicamente concebida, elaborada e utilizada a serviço do poder. Nas últimas décadas, graças ao advento dos SIGs e a processos de democratização, outros agentes se apropriam dessas ferramentas para realizar mapeamentos de grupos invisibilizados, no âmbito do que é chamado de cartografia social, como ferramenta de construção da consciência. O grupo de pesquisa Costeiros está investindo na exploração dessas cartografias no intuito de beneficiar setores não hegemônicos da sociedade. Assim sendo, propõe-se este ano continuar o trabalho de cartografia social na reserva extrativista marinha Baía do Iguape, mas também investir em ações de mapeamento colaborativo. No caso da cartografia social, haja visto a diversidade manifesta na reserva extrativista marinha (resex) Baía do Iguape e suas mais de 90 comunidades, estima-se útil consolidar a experiência com mais um ano de atividades e estudos voltados para esse tema. Frisa-se que este ano, o grupo de pesquisa quer enfatizar o papel das mulheres na organização sociopolítica das comunidades.