As instituições de ensino superior, independentemente da sua natureza administrativa (se pública ou privada), não podem mais ignorar o efeito que a avaliação produz sobre a sua imagem e reputação. Devem, portanto, estabelecer uma boa política de informação, garantindo a transparência e acesso aos dados institucionais e, principalmente, compreender como os dados são utilizados. Como são construídos os indicadores institucionais e qual a participação e nível de influência dos atores institucionais (professores, técnico-administrativos e estudantes), nesses processos. No tocante aos professores, a sua participação nos rankings, diferentemente da avaliação baseada no SINAES, é muito maior e em diversos níveis: capacitação/titulação, produtividade, impacto do seu trabalho (citações), participação em grupos de pesquisa e em programas de pós-graduação etc. Todas essas formas de participação são conhecidas e, de certa forma, controladas tanto pelas instituições de ensino quanto pelos próprios professores. No entanto, outra forma de participação é ainda pouco estudada: a sua opinião sobre a qualidade dos cursos e instituições. Sendo uma opinião qualificada, tem forte impacto nos indicadores utilizados pelos rankings. E esse público qualificado, inclusive, não se restringe aos professores universitários. Se estende também aos professores do ensino médio, sobretudo aqueles que ensinam os últimos anos do ensino médio e aos professores dos cursos preparatórios. Ou seja, aos professores que, mesmo estando fora do sistema universitário, estão indiretamente ligados a ele, pois trabalham com os estudantes que se preparam para ingressar na universidade. O objetivo deste estudo é identificar e analisar os parâmetros utilizados pelos professores universitários para qualificar os cursos e universidades brasileiras e internacionais. Numa segunda etapa, pretende-se estender o estudo, incluindo os professores do ensino médio e de professores dos cursos preparatórios para o vestibular.