Buscamos compreender como se dá o cuidado a crianças que chegam com queixas de agressividade. De acordo com a literatura nacional e internacional esta é uma das queixas mais presentes entre as crianças atendidas em serviços de saúde mental infantil e é mais frequente em crianças do sexo masculino. A pesquisa é realizada no projeto Brincando em Família, um serviço de saúde mental infantil ? vinculado a uma atividade permanente de ensino pesquisa e extensão da Universidade Federal da Bahia - que pode ser livremente frequentado por crianças e suas famílias em dois turnos por semana. Inicialmente buscamos traçar um perfil das crianças que chegam com queixas de agressividade em aspectos tais como: idade, sexo, configuração familiar e modo de chegada ao serviço. Em paralelo, serão feitas análises sobre o modo como a agressividade é vivenciada e compreendida pelos sujeitos envolvidos: a criança e suas famílias e em alguns casos também a escola e outros serviços envolvidos no cuidado. Buscamos descrever possíveis reposicionamentos e suas relação com o processo terapêutico propiciado pelo projeto brincando em Família. A agressividade é conceitualizada de maneira interdisciciplinar - com destaque para contribuições psicanalíticas e das ciências sociais especialmente estudos com perspectiva de gênero - que permitem compreende-la como fenômeno psicossocial. Como estratégias metodológicas serão utilizadas: levantamento quantitativo, entrevistas semiestruturadas com adultos e crianças, construção de caso clínico com base nos registros de atendimentos e supervisões realizados cotidianamente no Brincando em Família.