O objetivo do projeto A CULTURA DO PATRIMÔNIO CULTURAL DA BAHIA: 1835 a 1970 é o de analisar, sob o ângulo da historicidade das práticas de cunho museológico, as possíveis relações entre os seguintes casos levantados e publicados: Gabinete de História Natural na Bahia, 1835; Exposições Provinciais BA - 1866-1888; Museu do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia 1894-1927; Inspetoria Estadual de Monumentos Nacionais (BA; 1927); Museu do Estado da Bahia - 1918-1959; Exposições Republicanas na Bahia 1908, 1922 e 1923; Exposições temporárias do Instituto Feminino da Bahia 1920-1068; preservação do patrimônio arquitetônico civil (1959), Museu Wanderley Pinho (Recôncavo baiano ? 1968-1971). Acredita-se que, a seleção de determinados bens móveis e imóveis prestaram-se às elites gerarem narrativas para a instalação e preservação em que os usos do passado, manipulados em discursos performativos que tanto descrevem como prescrevem (BOURDIEU, Pierre. 2013), ampararam o enraizamento da certa cultura do patrimônio em prol da manutenção do próprio estatuto social. Conjuntura em que as práticas museológicas instaladas e, não raro, transportadas de modelos nacionais ou do exterior ainda que adequadas às contingências locais, acabaram por naturalizar o discurso preservacionista com argumentos sobre a salvaguarda das tradições escamoteando paradoxos sociais e culturais. Se nessas trajetórias houve continuidades e rupturas, pergunta-se: quais foram e quais as linhagens de pensamento e as incongruências que nelas interferiram?