Inteligência Geográfica no Corpo de Bombeiros, uma proposta para o Carnaval de Salvador

A organização de grandes eventos de rua requer, do ponto de vista organizacional e operacional, a elaboração de planos fortemente estruturados para o sucesso de sua realização. O Carnaval de Salvador, um dos maiores eventos de rua do país, envolve, em sua organização, uma grande quantidade de órgãos e instituições responsáveis por diversas dimensões do cotidiano urbano. A segurança, ainda que seja foco de vários recentes estudos, é analisada do ponto de vista dos grandes equipamentos urbanos, não do espaço público. O entendimento do funcionamento subvertido do espaço público durante a realização das festas em suas categorias de ocupação é revelador, portanto, da forma mais eficiente de gerí-lo. Para essa gestão, organização e estruturação do Carnaval, existe hoje uma grande quantidade de tecnologias de ponta, associadas à inteligência geográfica, que pode auxiliar os órgãos e instituições responsáveis na realização de análises complexas, ao integrar dados de diversas fontes e ao criar bancos de dados georreferenciados, tornando, ainda, possível automatizar a produção de documentos cartográficos, além da análise espaço-tempo. Como a segurança e, dentro dela, o que compete a um órgão público como os Bombeiros deve ser planejada para, se não evitar, ao menos mitigar eventos indesejáveis? O trabalho tem o foco no tema da segurança, especificando o limite de atuação do Corpo de Bombeiros do Estado da Bahia. Esse urbanismo efêmero, que subverte o funcionamento cotidiano da cidade, bem como suas normas e regras, carece de uma abordagem categórica adequada à interpretação e ação pública. A partir desse entendimento, investiga-se por meio de ferramentas colaborativas, entrevistas e coleta de dados primários e secundários como se dá a efetiva ação dos bombeiros. Surge daí, além das diretrizes que indicam onde e como organizar a gestão, o efetivo, a estrutura física e equipamentos, o próprio mapa adequado a cada edição da festa.