Trata-se de um projeto que deve coroar praticamente todos os projetos anteriores, de décadas, e o meu esforço investigativo inteiro na área de filosofia. A característica principal do projeto é tratar-se da elaboração de um ponto de vista filosófico próprio, como resposta a demandas de pensamento do país e a suas circunstâncias, ao mesmo tempo em interlocução com parte relevante e pertinente do debate filosófico internacional. O objetivo do projeto e, assim, tão ambicioso quanto é modesta a pretensão dessa sua realização inicial, devendo ser ele, então, entendido como um desenvolvimento apenas embrionário, um esboço, como contornos para um trabalho proposto à comunidade filosófica brasileira, para uma discussão e elaboração coletivas, continuadas, em processo. Passos mais recentes desse projeto, de inspiração pragmatista, e da discussão com pares, em torno dos mesmos, já se encontram publicados, até o momento particularmente na revista Cognitio, PUC-SP, vs. 13.1, 2012, 16.2, 2015. e 18.2, 2017. Passos que se apoiam igualmente nos meus estudos anteriores, pós-marxianos-hegelianos, dessubstancializantes e desessencializantes, como exemplarmente o artigo Max and Feuerbachian Essence, em The Left Hegelians (Moggach, ed., Cambridge U. Press, 2006). Presentemente o projeto se desenvolve como um diálogo crítico com a filosofia contemporânea, principalmente Habermas e Rorty, e, ao mesmo tempo, como uma reconstrução democrática de Marx.