Racismo, saúde reprodutiva e drogas: intersetorialidade e direitos das mulheres negras em situação de rua que fazem uso prejudicial de álcool e outras drogas atendidas em maternidades de Salvador

Ano de Início: 
2017
Resumo: 

A pesquisa tem por objetivo conhecer a Rede Cegonha em Salvador e averiguar o alcance de suas ações no contexto da intersetorialidade das políticas sociais no Brasil em uma perspectiva de raça e gênero, articulada à Política Nacional de Saúde Integral da População Negra. A rede Cegonha assegura às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo e a atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e às crianças o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e ao desenvolvimento. O recorte adotado nesta investigação analisa a realidade das mulheres negras em situação de rua que fazem uso prejudicial de álcool e outras drogas na cidade de Salvador, usuárias de duas maternidades da cidade e manifestações da discriminação racial e sexista experimentadas por elas em sua trajetória de vida com destaque ao período da gravidez, parto e pós-parto. O racismo é uma determinante social da saúde e suas expressões na vida das mulheres negras tem sido avassalador, traduzindo índices de iniquidades em decorrência das desvantagens sociais resultantes do preconceito e da discriminação social racial, de gênero e classe. A pesquisa será realizada em três momentos: i) Levantamento bibliográfico sobre temas inerentes ao campo da saúde da população negra, saúde reprodutiva e drogas e intersetorialidade nas políticas sociais: ii) Analise da documental nas unidades hospitalares para identificar as principais demandas das mulheres negras usuárias de álcool e outras drogas e elaborar perfil sócio- familiar iii) Conhecer as representações das usuárias de álcool e outras drogas pelos/as profissionais de saúde das maternidades estudadas, bem como o que pensam sobre o uso das drogas. iiii) Conhecer a rede de atendimento psicossocial de Salvador voltada para atendimento das mulheres negras usuárias de álcool e outras drogas no período gravídico puerperal.

Unidade de vínculo do(a) Coordenador(a)/Pesquisa: 
Coordenador(a): 
Magali da Silva Almeida
Quantidade de Integrantes: 
2