Embora os estudos de dialectologia sejam de início do século XIX, desde o final do séc. XIX, vários filólogos e lingüistas ensaiavam o traçado de linhas que pudessem delimitar áreas com características de falares semelhantes. Antenor Nascentes foi um deles e a proposta feita em 1933 - a primeira a ser elaborada com base estritamente lingüística (já que algumas divisões dialetais combinaram, não necessariamente todos em conjunto ou mesmo nessa ordem, critérios geográficos, históricos e lingüísticos), é a mais reconhecida, citada e tem servido como base para quase todos os estudos de natureza geolinguística. Daí a importância do registro dessa divisão com base na fundamentação da ciência cartográfica ou seja, com base em elementos que garantam a perfeita identificação e localização dos elementos usados na sua descrição .Como o mapa elaborado pelo autor não contém as localidades que definem as zonas dialetais nem qualquer outra informação de cunho cartográfico que permita resgatar, reproduzir e identificar informações (indicativos de escala, direção e acidentes geográficos), decidiu-se por fazer o registro cartográfico da divisão dialetal a partir da descrição das linhas de limites propostos por ele a qual foi feita usando como referências localidades e acidentes geográficos (especialmente rios e serras), todos referidos às divisões política e regional do Brasil à época e nominados de acordo com os topônimos então adotados. O produto final será o mapa digital em ambiente SIG, contendo todos os elementos descritivos devidamente georreferenciados ao Sistema Geodésico Brasileiro e associados ao Banco de Dados do IBGE através dos respectivos geocódigos.