Teoria e prática da relação cinema-história

Ano de Início: 
2004
Resumo: 

Quando os irmãos Lumière inventaram o cinema há mais de um século, com muita dificuldade imaginariam que o cinema fosse adquirir uma importância tão grande para a história e para os historiadores. Somente nos anos sessenta e setenta do século XX é que começou a se afirmar uma nova concepção que admitia tratar a história, enquanto processo, utilizando o filme como documento e como instrumento para o ensino da história. Na França, no campo da historiografia, este movimento foi liderado por Marc Ferro - que cunhou a expressão cinema-história. Esta relação é o verdadeiro núcleo estruturador deste Projeto. Historiador da Primeira Guerra Mundial e da Revolução Russa, se afirmou como líder no bojo do movimento científico da Nova História. Nenhuma forma de expressão se impôs tanto, de tal modo a fazer jus a uma elaboração teórica, como ocorreu com o filme. Este, para o cientista social, para o psicólogo e para o psicanalista, passou a ser visto como um modelador de mentalidades, sentimentos e emoções de milhões de indivíduos, de anônimos agentes históricos, mas também como registro do imaginário e das ações dos homens nos vários quadrantes do planeta. Ficção ou documentário o filme é, incontornavelmente, um lugar de memória. É necessário, portanto, o reconhecimento de que todas essas facetas se impõem à observação das diversas disciplinas denominadas de ciências humanas. Mas foi particularmente com a história que o casamento do cinema parece ter-se consolidado melhor.

Unidade de vínculo do(a) Coordenador(a)/Pesquisa: 
Coordenador(a): 
Jorge Luiz Bezerra Nóvoa
Quantidade de Integrantes: 
3