Transnacionalismos na periferia: construindo sentidos no contexto de fluxos globais

Ano de Início: 
2019
Resumo: 

Este projeto pretende investigar uma dimensão ainda pouco explorada da globalização no Brasil - os contatos, trocas e formas de comunicação transnacionais em espaços periféricos. As teorias da globalização, muitas vezes, entendem a periferia como lugar excluído dos fluxos globais (APPADURAI, 2004). Porém, algumas investigações recentes mostram como os fluxos transnacionais fazem parte integral da organização e das práticas sociais das periferias globais, construindo novas configurações linguísticas, culturais e identitárias (APPADURAI, 2000; PENNYCOOK, 2007). No Brasil, há manifestações transnacionais desse tipo que ainda não foram pesquisadas e que são produtos de ações de movimentos sociais em diferentes frentes, mobilizadas por fatores como defesa, resistência, empoderamento, liderança, entre outras formas de participação cidadã. Tais práticas são importantes como bases de solidariedade internacional, de democratização das comunicações e de desenvolvimento de modelos de educação linguística pluralizantes. Aqui, procura-se entender quais recursos semióticos sustentam relações transnacionais nas periferias brasileiras e quais são os impactos de contatos transnacionais para comunidades locais e globais por eles constituídos. Tal pesquisa é necessária para estabelecer bases epistemológicas mais sólidas para o estudo das dinâmicas linguísticas da globalização, que envolvem novos recursos semióticos, bem como a circulação e ressignificação de textos online (MOITA LOPES, 2008).

Unidade de vínculo do(a) Coordenador(a)/Pesquisa: 
Coordenador(a): 
Joel Austin Windle
Quantidade de Integrantes: 
7
Instituições Financiadoras: 
Associação dos Servidores do CNPq