A intuição como faculdade: a relação entre inteligência e intuição no drama da linguagem

A tese apresenta um modo de compreensão da mecânica da relação intuição, inteligência e linguagem, buscando construir o conceito de intuição como faculdade do espírito ou modo de consciência, e suas implicações na construção e difusão do conhecimento. Partindo de metodologia lakatiana onde o problema era a dificuldade de expressão da intuição, seguiram-se as seguintes hipóteses: A intuição é uma faculdade muda, ela precisa da inteligência pra se comunicar. Existe um comércio entre intuição e inteligência. A linguagem é a moeda de troca da inteligência. A poesia, assim como a música, comunica a intuição. O objetivo principal é encontrar na linguagem caminhos para representar a intuição. Considerando a intuição como uma faculdade humana fundamental na criação e difusão do conhecimento, esta investigação busca na metafísica de Bergson, Kant e Schopenhauer sinalizar algumas bases teóricas e metodológicas, que possibilitem a representação da intuição para facilitar a difusão do conhecimento intuitivo. O trabalho é apresentado em formato trágico devido ao drama da incomunicabilidade da intuição diante de uma inteligência discursiva. A poesia é apresentada como caminho para apreensão da intuição devido à plasticidade que a palavra adquire no texto poético. A perdurância é apontada como característica da intuição e foi criado um método que mistura texto poético com análise filosófica formando uma representação híbrida para conseguir representar a intuição.