O vaivém de Conhecimentos na travessia de corpos insurgentes no IFBA campus Seabra: caminhos que tem grandes "espinho”... ...na frente tem um lido “jardinzinho”

Tese
Resumo: 

O presente estudo, intitulado o Vaivém de conhecimentos na travessia de corpos insurgentes no IFBA campus Seabra: “...caminhos que tem grandes spinhos...na frente tem um lindo jardinho” é uma cartografia da relação entre os saberes e práticas étnico-raciais das comunidades tradicionais quilombolas, dos sujeitos e o Instituto Federal de educação ciência e tecnologia da Bahia, campus Seabra, no território da Chapada Diamantina. Para compreender como se dá a relação entre esses conhecimentos foram feitas buscas exploratórias no sítio do Instituto de onde emergiram ações e cinco projetos de ensino, pesquisa e extensão que aproximam o IFBA, os corpos insurgentes em travessia afirmativa e os saberes e práticas étnico-raciais dessas comunidades. Ao observar e participar dessas ações, entrevistar os sujeitos e conversar coletivamente em rodas de conversa com professores, estudantes e algumas comunidades, além de construir notas de campo a partir de uma vivência de dentro desses espaços, foi possível identificar a emergência de territórios educativos, espaços ativos que se constituem do vaivém de conhecimentos que se dá nessas travessias. O estudo evidenciou, a partir da forma de organização e dos saberes e fazeres nos projetos, atravessados pelas ações dos sujeitos em travessia afirmativa, as Semanas Pretas como o território educativo potencializador dos demais projetos que se organizam como “quilombos”, uma rede complexa e multirreferencial no território do IFBA. Ao cartografar essas ações foi possível identificar o que foi denominado na tese de incoerência epistemológica entre a maneira tradicional de gestar conhecimentos ao ser contrastado com o surgimento de uma rede de solidariedade entre os atores que promovem o vaivém desses conhecimentos nos territórios educativos. Os corpos insurgentes em suas travessias afirmativas, enlaçados pelos projetos estão criando zonas de beirada, bordas epistemológicas, ao enfrentar e reexistir contra os diversos sistemas de opressão que se articulam de maneira interseccional, gerando vaivém de conhecimentos que desestabilizam a forma hierárquica e colonial de produção e de difusão de conhecimento em ciência e tecnologia na interação com o território.

Programa de Pós-Graduação: 
Programa de Pós-Graduação Multidisciplinar e Multi-institucional em Difusão do Conhecimento (DMMDC)
Nome do(a) Aluno(a): 
Xavier, Adelmo de Souza
Orientador(a) (es/as): 
Souza, Elias Ramos de
Messeder, Suely Aldir