Transmídia: reconfigurações narrativas e estratégias didáticas a partir da série Game of Thrones

Este projeto de pesquisa busca abrir espaço para uma reflexão acerca das reconfigurações narrativas transmidiáticas como estratégia didática. A partir da utilização de narrativas transmídia, objetiva-se analisar como tais narrativas são atualizadas por dispositivos tecnológicos digitais, a exemplo de celulares, smartphones e notebooks; que ainda geram controvérsias nos espaços de ensino do IF-Sertão Pernambucano, onde são recorrentes as reclamações de professores quanto ao uso desses dispositivos; pois, segundo eles, em depoimentos nas reuniões de Conselhos de Classe e sala de professores, a atenção e o interesse dos alunos voltam-se para outros fins, o que afeta o ensino-aprendizagem. O cenário apresentado se agrava nas turmas de quarto ano do Ensino Médio Integrado, em que a desmotivação dos alunos é apontada como um fator de evasão. A existência dessa interação constante entre o aluno (humano) e esses dispositivos digitais (não humanos) abre uma oportunidade ao professor de mediar essa relação e repensar o ensino de leitura, a produção de conhecimento, a aprendizagem, as subjetividades dos envolvidos no processo educativo a partir da inserção desses dispositivos como recurso pedagógico. A necessidade de encontrar um caminho para o uso de tais dispositivos motivaram um estudo de caso sobre a possibilidade de entrecruzar Literatura e Tecnologia Digital para entender de que modo a narrativa transmidiática ressignifica o ato de contar histórias, partindo de uma série de TV. Para tanto, foi adotado como referencial teórico, dentre outros, o discurso de Jenkins (2009); Massarolo (2013); Santaella (2004); Gatti (2005); André (2013, 2015); Geertz (2008); Thiel e Thiel (2009) e Lemos (2004). Os dados foram levantados através da audiência de episódios da série, da aplicação de questionários, da realização de grupos focais; com alunos do Ensino Médio Integrado e com alunos do primeiro período de Licenciatura do Campus Petrolina, além da observação participante e de pesquisa na Internet.