Maria Bethânia Vianna Teles Veloso
(Nasceu em Santo Amaro, Bahia, no dia 18 de junho de 1946)
Sexta filha de José Teles Veloso (Seu Zezinho), funcionário público dos Correios, e de Claudionor Viana Teles Veloso, conhecida como Dona Canô. Em 1960 muda-se para Salvador, com o objetivo de estudar. Em 1963 estreou como cantora na peça Boca de Ouro de Nelson Rodrigues. Em 1964 participa do show “Nós, Por Exemplo”, com Caetano, Gal Costa, Gilberto Gil e Tom Zé, na inauguração do Teatro Vila Velha, em Salvador. Ao lado do irmão também famoso, o cantor e compositor Caetano Veloso, e de outros cantores proeminentes da época, participou na juventude de espetáculos teatrais e shows musicais que foram aos poucos tornando conhecida sua voz potente e singularíssima, primeiro na Bahia e, adiante, em todo o país.
Em larga medida, o primeiro salto na carreira foi assegurado quando, em 1965, substituiu a cantora Nara Leão no espetáculo Opinião, do Teatro de Arena, dirigido por Augusto Boal, no Rio de Janeiro. Sua genial interpretação de Carcará, de João do Vale, a lançou logo e com justiça no rol das grandes cantoras do país. Neste mesmo ano, mudou-se para o Rio de Janeiro e assinou contrato com a gravadora RCA e lançou seu álbum de estreia. Em 1967, seu segundo álbum, Edu e Bethania, em parceria com Edu Lobo por proposta deste compositor, impulsionou mais sua carreira. E foi ela a idealizadora do grupo Doces Bárbaros, na qual era um dos vocais da banda que lançou um disco ao vivo homônimo junto com Gal Costa, Caetano Veloso e Gilberto Gil.
Em 1990, Bethânia comemorou 25 anos de carreira com o LP 25 Anos, cujo repertório, essencialmente brasileiro, evocava diversas culturas deste país, trazendo canções consagradas e pouco conhecidas, entre regravações e inéditas. O disco contou com a participação especial de vários cantores e músicos, dentre os quais, Alcione, João Gilberto, Egberto Gismonti, Nina Simone, Fátima Guedes, Hermeto Paschoal, Sivuca, Wagner Tiso, Toninho Horta, Jacques Morelenbaum, Jaime Além, Márcio Montarroyos, Mônica Millet e Almir Sater.
Nos seus 50 anos de carreira, celebrados em 2015, Bethânia foi a grande homenageada da 26ª edição do Prêmio da Música Brasileira, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Numa noite de gala e muita cultura, algumas das maiores vozes da MPB se reuniram para render elogios e aplausos a cantora. Em 2016, foi homenageada pela escola de samba Mangueira, que desfilou no carnaval do Rio de Janeiro com o enredo Maria Bethânia, a menina dos olhos de Oyá. A escola foi a última a desfilar e se sagrou campeã do carnaval carioca.
Legado
Bethânia é citada por vezes também com o título de 'Abelha Rainha da MPB' por sua contribuição no gênero. Bethânia foi a primeira mulher a vender mais de 1 milhão de discos no Brasil, a artista feminina que mais vendeu discos nos anos 1970, no país. Durante sua carreira, Bethânia converteu-se em uma recordista em vendas de discos no Brasil, com mais de 26 milhões de álbuns vendidos. Alguns críticos argumentaram que seu álbum Álibi (1978), "deu personalidade feminina à música brasileira da época, derrubando o estigma de cantora elitista da MPB, com todas as faixas estourando nas rádios". o critico Jeocaz Lee-Meddi, também o louvou por ter "atingindo as grandes massas, fazendo com que o Brasil ouvisse MPB. A partir do sucesso deste álbum, outros cantores passaram a ser ouvidos e a ter os seus álbuns adquiridos por um grande número de pessoas. No final da década de setenta acabava o monopólio da música de língua inglesa, e, pela primeira vez, a MPB passou a ser a música mais consumida no país". A Rolling Stone Brasil, o classificou em o septuagésimo nono lugar em sua Lista dos 100 maiores discos da música brasileira. Bethânia foi eleita em 2012, pela mesma revista, a quinta maior voz da música brasileira. Já na Maiores Músicas Brasileiras A canção "Carcará" figura como a quadragésima quinta. A cantora recebeu da Universidade Federal da Bahia, o título de Doutora Honoris Causa, por sua contribuição a música brasileira. Em 2016, foi homenageada pela Mangueira, que desfilou no carnaval do Rio de Janeiro com o enredo "Maria Bethânia, a menina dos olhos de Oyá". A escola foi a última a desfilar e se sagrou campeã.
Fonte: Wikipédia e https://www.ebiografia.com/maria_bethania/