A Educação Pública Brasileira (ainda) hegemônica segue sendo instrumento de dominação, forjada numa perspectiva colonialista que se dá por meio de imposições autoritárias, algumas vezes disfarçadas de cuidado e projetos de ?desenvolvimento?, engendradas para atender as imposições do sistema econômico vigente, que, cada vez mais, numa lógica neoliberal, se constrói mínimo em direitos, máximo em precarização e repressão para as populações empobrecidas. Mas não só. Tem contradição, movimento e luta, dentro e fora da universidade. Especialmente dentro da universidade, tem experiências tensionando o currículo e a formação. Dessa forma, este estudo tem como objetivo conhecer mais profundamente os movimentos contra-correntes, as experiências curriculantes construídas por coletivos formados por professoras e estudantes da Faculdade de Educação da UFBA implicados com projetos políticos pedagógicos que perspectivam outros mundos possíveis, que não se submetem ao estabelecido, quando este se fundamenta em teorias e práticas racistas, machistas, lgbtqifóbicas e medicalizantes. Para isso, pretende-se realizar entrevistas coletivas e individuais semiestruturadas, com quatro coletivos que vêm buscando desenvolver experiências curriculantes fundamentadas nas lutas contra-hegemônicas, inconformes, questionadoras e que buscam construir educações para a dignidade de todas as vidas. Após as entrevistas, as narrativas serão transcritas e separadas em categorias semânticas relacionadas ao entendimento e produção dessas experiências curriculantes, tendo como base a literatura sobre o tema. Espera-se com este estudo que possamos compreender melhor a participação e a importância dos coletivos para uma formação universitária emancipativa, coletiva e interseccional.