Este projeto descreve e analisa a presença das corporalidades e culturas locais nos currículos dos cursos de graduação em Dança das universidades brasileiras, à luz das Epistemologias do Sul (Santos, 2006), como um processo de decolonização da dança no interior desses cursos. A presença de corporalidades autóctones nos currículos dos cursos superiores de dança é tema de várias pesquisas, inclusive um artigo de minha autoria em co-autoria com uma pesquisadora do Canadá, na revista Research in Dance Education (Print), v. 11, p. 213-221, 2010. Neste projeto, são analisadas referências corporais (técnicas e estéticas) que os cursos adotam para a formação do corpo e do pensamento do artista da dança/professor de dança, com o intuito de abrir um diálogo a respeito das referências culturais brasileiras nos seus currículos. O foco da análise gira em torno das chamadas danças brasileiras, danças populares, danças afrobrasileiras, ou outras denominações pelas quais se deu e se dá a presença dessas referências, conforme foram sendo introduzidas nos currículos. Pretendemos impulsionar uma reflexão que permita, reconhecer alguns avanços, discutir as iniciativas, e também consolidar alguns entendimentos. ** Projeto aprovado pelo CES - Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, para estágio pós-doutoral, em 2020, sob a orientação do Prof. Boaventura de Sousa Santos.