A pesquisa visa a discutir sobre o uso do abecedário nordestino na alfabetização de crianças, confirmando o seu ensino ainda frequente nas escolas baianas, apesar do desaparecimento gradual nas práticas alfabetizadoras, contribuindo para fundamentar a discussão sobre sua legitimidade cultural e linguística. A partir de um levantamento junto a professores baianos - de 4 anos da Educação Infantil ao 3o ano do Ensino Fundamental - pretende-se confirmar que, na Bahia, esse abecê ainda é ensinado, inclusive na capital, e sob quais justificativas, e discutir, a partir da história da origem e dos usos dos dois abecês no ensino no Brasil, bem como de sua pertinência linguística, as representações, desconhecimentos e preconceitos que contribuem para seu abandono e sua manutenção, ao menos na Bahia. Por enquanto trata-se de uma pesquisa-piloto encaminhada pela coordenadora da pesquisa, podendo ser ampliada, contando com uma ampliação da equipe.